Em 2016, impulsionadas pela 29ª Edição da Lei de Fomento ao Teatro, embarcamos em uma nova fase de reflexão e criação, dando vida ao espetáculo Ialodês, parte integrante e final da Trilogia da Mulher Negra. Durante a temporada, realizamos 40 apresentações em todas as regiões da cidade de São Paulo, explorando os temas da ficção afrofuturista.
Para o povo africano iorubá, Ialodês são mulheres cujas sociabilidades vão além do espaço doméstico e de controle masculino. De diferentes formas elas edificam seus lugares de liderança política, religiosa e social. São “senhoras dos espaços”, principalmente dos espaços da vida urbana, destacando o protagonismo feminino; refere-se a mulheres emblemáticas que realizam suas atividades sociais culturais em suas comunidades.
Ialodês aborda o tema do prazer sob uma perspectiva temporal, entrelaçando narrativas do presente e do passado em uma visão utópica e distópica. Inspirados pela estética Afrofuturista, buscamos integrar a história, mitologias e cosmologias africanas com elementos de ciência e tecnologia, explorando novas fronteiras de expressão artística.
Ialodês aborda o tema do prazer sob uma perspectiva temporal, entrelaçando narrativas do presente e do passado em uma visão utópica e distópica. Inspirados pela estética Afrofuturista, buscamos integrar a história, mitologias e cosmologias africanas com elementos de ciência e tecnologia, explorando novas fronteiras de expressão artística.
Partindo da pergunta “Como seria o mundo sem racismo?”, mergulhamos na estética afrofuturista e nas biografias de mulheres da zona sul de São Paulo, buscando inspiração para criar uma realidade alternativa. A ficção científica foi nossa ferramenta para discutir utopias e distopias relacionadas ao prazer e à identidade negra, e para essa discussão tivemos Edna Roland, Sueli Carneiro, Aparecida Silva Bento e Jurema Werneck como referências fundamentais para nossa abordagem, contribuindo para a interpretação histórica e antropológica dos saberes e experiências das mulheres negras no Brasil.
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