Desde 2010
Em 2010, fomos agraciados pela 16ª Edição da Lei de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo, e tomamos uma decisão ousada: levar nossa arte aos quintais, explorando espaços não convencionais. Inspirados pela filosofia de Solano Trindade de “pesquisar na fonte e devolver ao povo em forma de arte”, mergulhamos em uma jornada artística transformadora.
O projeto Pé no Quintal abraçou diversas iniciativas, desde itinerâncias por 30 espaços-quintais-terreiros nas periferias até atividades formativas inovadoras. Realizamos cursos de Dança Negra Contemporânea, palestras abertas ao público e até mesmo publicamos o livro/DVD [Em]Goma Dos pés à Cabeça, os quintais que sou, organizado pelo Prof. Dr. Sallomão Jovino da Silva.
Ao longo dessa jornada, não apenas levamos nossa arte aos quintais, mas também buscamos construir laços de solidariedade negra além das fronteiras nacionais. Com o apoio do Edital de Intercâmbio Cultural do Ministério da Cultura, viajamos até Moçambique, enriquecendo nosso repertório e expandindo nossas perspectivas.
Nossa arte ultrapassou os limites geográficos de São Paulo, conectando-se com coletivos de arte negra em outros estados e países. Desde então, nossa criação estética tem sido pautada pela atualização da questão da negritude, trazendo para o centro da cena o protagonismo das culturas negras e periféricas.
Nosso trabalho não se restringe apenas ao palco, mas também busca compreender e criticar a perspectiva do “Atlântico negro”, refletindo sobre a dimensão mundial da negritude contemporânea. Estabelecemos conexões diretas e indiretas com diversas cidades ao redor do mundo, alimentando um diálogo global sobre identidade e cultura negra.
Inspirados por esse contexto de conexões e reflexões, embarcamos em uma nova jornada de pesquisa e criação: Sangoma. Com essa nova temática, continuamos nossa missão de explorar e celebrar a riqueza da cultura afro-brasileira, buscando sempre novos horizontes e desafiando fronteiras.
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