Desde 2014
Após o sucesso de Sangoma, encerramos a temporada com uma série de questionamentos sobre as interseções entre vida, arte e saberes africanos na sociedade contemporânea. Com o projeto Sã – Da Cura ao Gozo, contemplado pela 24ª edição da Lei de Fomento ao Teatro, mergulhamos ainda mais fundo nas narrativas das mulheres negras e suas formas de autoinscrição e autoimagem.
Realizamos cerca de 60 apresentações deste espetáculo em nossa casa, proporcionando experiências únicas para aproximadamente 2000 pessoas. Além disso, retomamos os ONNIMs, promovendo grupos de pesquisa, estudo e educação feminina. Essas ações não se limitaram apenas à observação do espetáculo, mas incluíram bate-papos pós-peça e encontros/vivências nas semanas seguintes, onde refletimos sobre a transição da dor para a cura e o prazer.
Como resultado dessas imersões, produzimos a obra de vídeo-arte “A Cama, o Carma e o Querer”, em parceria com o Núcleo de Comunicação Alternativa, e a publicação “Mulheres Líquidos – Os encontros fluentes do sagrado com as memórias do corpo terra”, que documenta o processo de pesquisa e elaboração de Sangoma, através de imagens e depoimentos.
Partindo de trajetórias históricas enraizadas em experiências sociais concretas e alimentadas por mitologias e arquétipos de ancestralidade negra, nosso trabalho se inscreve no campo das artes negras. Somos o futuro de um passado recente e remoto, trazendo à tona as vozes e experiências das mulheres negras em toda a sua complexidade.
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